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Na primeira semana de junho, é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente

06/06/24

No dia 5 de junho, foi comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente em mais de 150 países. A data foi instituída pelas Nações Unidas no ano de 1972, durante a “Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano”, realizada em Estocolmo. Desde então, esta é uma campanha anual, coordenada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), com o objetivo de chamar a atenção do mundo para as questões ambientais.

No Brasil, além da celebração do Dia Mundial do Meio Ambiente, foi criada, através do Decreto nº 86.028/1981, a Semana Nacional do Meio Ambiente, também na primeira semana de junho. No entanto, o objetivo da criação dessas datas não é agendar um período meramente comemorativo, e sim incluir a sociedade, governos e instituições na discussão de pautas que tratem da preservação do meio ambiente, agora mais do que nunca, ante a necessidade climática atualmente vivenciada.

Neste ano, o tema escolhido para a campanha da ONU foi “Restauração da terra, desertificação e resiliência à seca”. Desertificação é o fenômeno de degradação química e física dos solos, tornando-os improdutivos. O processo é causado pela exploração intensiva, manejo inadequado do solo, desmatamento e métodos inadequados de cultivos agrícolas, tudo isso aliado às questões de ordem natural e climática.

O aumento da desertificação de solos no planeta é algo alarmante. Estudos coordenados pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) afirmam que mais de 30% dos solos do mundo estão degradados.

Dentre os desastres naturais ocorridos entre 1970 e 2019, as secas representaram 15% deles, e causaram número de mortes de aproximadamente 650 mil e perdas econômicas estimadas em US$ 124 bilhões entre 1998 e 2017. Segundo a ONU, as secas aumentaram em 29% desde 2000, e caso não haja ações concretas que envolvam indivíduos, setor privado, governos e organizações internacionais a situação pode ser ainda mais grave, afetando mais de três quartos da população mundial até 2050. Isto significa colheitas perdidas, fontes de água desaparecendo, economias enfraquecidas e comunidades ameaçadas, sendo os mais pobres os mais atingidos.

Neste sentido, é importante ressaltar que manejo adequado e práticas sustentáveis na agricultura são absolutamente viáveis, e podem inclusive reduzir custos dos negócios e aumentar a credibilidade do produtor no mercado.

Em mensagem para o Dia Mundial do Meio Ambiente, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirma que um “coquetel tóxico de poluição, caos climático e dizimação da biodiversidade está transformando terras saudáveis em desertos e ecossistemas prósperos em zonas mortas”. E apela para que os países se comprometam a restaurar ecossistemas e terras degradados.

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